O Flic é um dos festivais de canto mais populares e importantes do sul brasileiro, cujo reconhecimento pela realização por mais de meio século é destaque.
Considerando a qualidade dos calouros que são selecionados a apresentar no festival, uma das preocupações da Comissão Organizadora diz respeito ao julgamento das apresentações. Para tanto, são escolhidos profissionais com formação técnica e notório reconhecimento.
Para a 52ª edição do Festival – que acontecerá nos dias 24, 25 e 26 de julho no Centro de Eventos, os profissionais escolhidos foram Jakson Kreuz, Andréia Karen e Lazlo Bonilla.
Conheça mais dos jurados:
Jakson Kreuz é bacharel em Composição Musical pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e possui pós-graduação em Educação Musical. É um dos fundadores da Orquestra Sinfônica e Coro de Chapecó, onde atuou por mais de uma década como regente, pianista e arranjador. Além disso, teve participação ativa na gestão cultural como membro dos conselhos estadual e municipal de cultura de Santa Catarina, representando o setor de música.
Com uma carreira sólida como instrumentista e compositor, Jakson já conquistou prêmios importantes em festivais como o Entre Rios (SC), Tropeada da Canção Nativa (RS) e Canto Nativo (RS), além de obter o 2º lugar na 50ª edição do FLIC – Festival Lourenciano de Interpretação da Canção, em São Lourenço (SC). Seus arranjos estão disponíveis em plataformas digitais e já foram executados em diversos países, incluindo Estados Unidos, Austrália, Canadá e Suíça. Também tem obras de concerto apresentadas em estados como Bahia, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, entre outros, e compôs trilhas sonoras para produções cinematográficas do Sul do Brasil.
Versátil, Jakson também se destaca na música popular, tendo integrado bandas de rock, blues e jazz, como Variantes, Trocando Jazz e Mustang Blues Brothers. Atualmente, é professor de piano na Escola de Artes de Chapecó e mantém uma produção musical autoral ao lado de Taine, com quem desenvolve o projeto "Taine & Jakson", já premiado em festivais regionais. Em 2025, prepara o lançamento do álbum "Entrelinhas", que promete consolidar ainda mais sua expressiva trajetória musical.
A soprano Andréia Karen é uma artista versátil e experiente, natural de Cascavel (PR), com uma sólida formação acadêmica nas áreas de Jornalismo, Música e Voz. Graduada em Licenciatura em Música e com diversas pós-graduações, incluindo Pedagogia Vocal com ênfase em Belting e Teatro Musical e Voz Profissional, ela atua há mais de 27 anos como cantora e professora de técnica vocal, ministrando oficinas e workshops em toda a região sul do Brasil.
Sua carreira artística é marcada pela participação em inúmeros festivais de música popular e composição, nos quais obteve premiações de destaque, como no FERMOP, FLIC, FEMUCIC e FESTIN. Andréia também foi protagonista de diversos espetáculos musicais e convidada especial em produções como “Ontem ao Luar”, “Sons do Brasil” e “Natal Encantando”. Além disso, tem atuado como jurada e organizadora em diversos festivais de música, reforçando sua influência e contribuição para a cena cultural.
Com uma trajetória dedicada ao aperfeiçoamento vocal, estudou com professores renomados, incluindo nomes como Felipe Abreu, Saulo Vasconcelos, Neyde Thomas, Matheus Cruz e Marconi Araújo. Desde 2023, é preparadora vocal de elenco de musicais como “Hair”, “Mamma Mia” e “Grease” e desenvolve, ao lado do violonista Eduardo Reinert, um projeto de releituras musicais com arranjos intimistas. Ao longo de sua carreira, Andréia consolidou-se como uma artista completa, transitando com maestria entre o erudito e o popular, e emocionando o público em diferentes contextos musicais.
Lazlo Bonilla é tenor, bacharel em Canto e mestre em Educação, Arte e História da Cultura. Sua formação inclui estudos com renomados professores como José Garcia-Quijada (Espanha), Eliane Sampaio (Brasil) e Eiko Senda (Japão), além de sua participação no Ópera Estúdio da OSPA. Com sólida formação acadêmica e artística, Lazlo construiu uma carreira que transita entre os palcos da ópera e as salas de aula do ensino superior.
Como intérprete, destacou-se nacional e internacionalmente ao integrar o conjunto vocal Calíope, com o qual participou de importantes eventos como o Festival Internacional de Música Renascentista y Barroca Americana (Bolívia), a temporada Goulbenkian de Música em Lisboa e o Festival de Música Sacra de Badajoz (Espanha). Atuou também sob regência de maestros de renome como Lorin Maazel e Ennio Morricone, além de ter feito sua estreia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 2024, no papel de Roberto, na ópera Le Villi de Puccini. Na ópera, Lazlo deu vida a papéis como Turiddu, Danilo, Rinuccio, Canio e Rodolfo, em produções da Companhia de Ópera do RS e com a OSPA. Paralelamente à carreira artística, dedicou-se à docência em instituições como a Universidade de Passo Fundo (UPF) e atualmente é professor substituto na Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), ministrando disciplinas voltadas à técnica vocal e regência. Sua trajetória evidencia o equilíbrio entre excelência técnica, sensibilidade interpretativa e compromisso com a formação de novos talentos da música.
